domingo, 12 de agosto de 2012

Feijoada do Salgueiro

Novembro de 2011. Não posso deixar de falar sobre a primeira escola que visitei no Rio. Devo confessar que a parte que mais me excitou na mudança para o Rio, foi o fato de estar mais próximo de sambas consagrados.

Não que São Paulo nao tenha sambas bons. Eu por exemplo fui nascido na Vila Matilde e morei em diversos lugares em São Paulo. Conheci a Nene da Vila Matilde, a X9 e a minha preferida, Vai-Vai.

Mas ninguem questiona a tradição da Mangueira e da Portela.. e de repente, eu estava lá... naquela cidade.. com fácil acesso a tudo isso.

Devo admitir que sempre tive um certo receio de ir conhecer os sambas legais do Rio por medo de ir até as comunidades sozinho. Podem me chamar de cuzão, até porque nao vejo outro nome para isso. E uma mistura de preconceito com preguiça e viadagem kkkk. Sempre espero uma boa companhia para ir comigo e acreditem, não tem sido facil.

Bom, depois de fazer uma pesquisa na internet e com alguns amigos do Rio, ouvi muitos elogios sobre o Salgueiro. Conhecida pela feijoada, pelos maravilhosos sambas, e principalmente pela organização. A quadra e realmente um show a parte.

Aproveitei que minha irma Delma tinha vindo trazer meu carro, fomos conhecer a tal feijoada. Chegamos as 13, pagamos em torno de 30 reais por uma camiseta, pela feijoada e pelo samba que vai ate as 8 ou 9 da noite.

Nos divertimos muito. O dia começa tranquilo, sentadinhos saboreando uma boa feijoada ao som de um sambinha bacana. De vez enquando caia para um pagode (que eu odeio) mas nada muito irritante. Cerveja farta e barata, sem grande confusão.



Conforme a coisa vai esquentando, deixamos de lado a mesa e a cadeira e vamos para o meio da muvuca sambar e suar. Ver passistas dançando e uma coisa que me emociona. Dançar com eles então?? Minha irmã se acabou



Mas a cena que mais me marcou nesse dia foi a seguinte: Tinha 3 loironas altas que sambavam animadas. Até que elas faziam direitinho. Mas de repente, uma senhora negra levantou de sua mesa e comeca a sambar lindamente. Em menos de 1 minuto, uma roda se abriu em volta da mulher e todo mundo aplaudia aquele show a parte.


E para fechar o dia em grande estilo, nada mais nada menos do que a Bateria Furiosa. Fiz questão de fazer um video. Nao tenho palavras para dizer o que sentia naquele momento. Como eu queria estar ali... E graças aos Amigos do Ritmo eu aprendi que não é impossivel estar ali. Um dia, quem sabe???


Não tenho dúvidas que voltarei muitas vezes no Salgueiro. E quero levar os Amigos do Ritmo lá.. A diversão é garantida.



Um comentário:

  1. Detalhe: o Davis ainda usava oculos. Isso tambem é um marco na vida dele: depois da operação , aproveitar o samba sem oculos. tem ate foto... Cade?
    Renata

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